Vacina Contra o HPV: Proteção Comprovada Contra o Câncer de Colo do Útero.

Um novo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) reforça a eficácia da vacina contra o HPV na prevenção do câncer de colo do útero (também conhecido como câncer cervical). Desde 2008, os exames de rastreamento mostraram uma redução de 80% nas lesões pré-cancerígenas entre mulheres de 20 a 24 anos, um impacto significativo na prevenção da doença. O HPV é um vírus comum transmitido por contato sexual, e sua vacinação tem se mostrado uma ferramenta essencial na redução do risco de câncer.

Apesar de muitas infecções por HPV não apresentarem sintomas e desaparecerem naturalmente, algumas podem evoluir para câncer em homens e mulheres. Estima-se que o HPV seja responsável por cerca de 37.800 casos de câncer por ano nos Estados Unidos. Em diversos países, o câncer de colo do útero ainda é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres, tornando a imunização uma estratégia essencial para a saúde pública.

A vacina contra o HPV pode prevenir 90% dos casos de câncer de colo do útero, mas nem todas as crianças e jovens recebem o imunizante. Dados do CDC indicam que 76,8% dos adolescentes receberam pelo menos uma dose da vacina, e 61,4% estão com a vacinação em dia. Desde 2006, recomenda-se a imunização de meninas a partir dos 11 ou 12 anos, sendo estendida para meninos a partir de 2011. Além disso, adolescentes mais velhos e mulheres de até 26 anos podem se vacinar, com possibilidade de imunização para alguns adultos até os 45 anos.

Um dos maiores equívocos sobre o HPV é a crença de que ele afeta apenas as mulheres. O vírus também está associado ao aumento de casos de câncer de garganta, base da língua, pênis e ânus. Além disso, não existe um exame específico para diagnosticar a infecção em homens, o que aumenta a importância da vacinação para evitar a transmissão. O vírus pode permanecer no organismo por anos sem causar sintomas, tornando a prevenção essencial.

Nos Estados Unidos, a triagem regular para o câncer de colo do útero reduziu a mortalidade da doença em 70% desde a década de 1950. Em 2024, um novo protocolo de rastreamento incluiu a opção de auto-coleta para exames de HPV, tornando o diagnóstico mais acessível. Atualmente, os métodos de detecção incluem o teste de HPV, o exame de Papanicolau e a combinação de ambos. Essas estratégias visam identificar a doença precocemente e aumentar as taxas de rastreamento.

A vacinação contra o HPV tem se mostrado uma ferramenta poderosa na prevenção do câncer. Autoridades de saúde recomendam que meninos e meninas recebam o imunizante a partir dos 11 anos para garantir proteção antes da exposição ao vírus. A conscientização sobre a importância da vacinação e a adesão às estratégias de rastreamento são fundamentais para reduzir os casos de câncer associados ao HPV e salvar vidas.