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A aspirina pode ajudar a proteger contra o câncer colorretal:

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    À Sua Saúde
  • 12 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

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Em um contexto em que o câncer colorretal, conhecido também como câncer de cólon, figura como o terceiro tipo de câncer mais prevalente globalmente com mais de 1,9 milhão de novos casos em 2020, pesquisadores projetam cerca de 3,2 milhões de novos casos até 2040. Diante deste cenário, a prevenção do câncer colorretal se torna essencial.


Além das mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e atividade física, o uso da aspirina como medida preventiva tem sido objeto de estudo.


Um grupo de pesquisadores da Ludwig-Maximilians-Universität München, em Munique, Alemanha, trouxe novas perspectivas sobre como a aspirina pode diminuir o risco de câncer de cólon e retardar sua progressão. Seus achados foram divulgados na revista médica Cell Death & Disease.


Estudos anteriores já apontaram a eficácia da aspirina na diminuição do risco de câncer colorretal. Uma pesquisa de 2017 revelou uma redução significativa no risco de câncer de cólon em indivíduos que consumiam aspirina em doses baixas. Em 2022, outro estudo destacou a aspirina como um fator de melhoria nos resultados para pacientes com câncer colorretal. O potencial da aspirina na prevenção de cânceres de pele, pâncreas e ginecológicos também foi explorado.


Contudo, é crucial reconhecer que a aspirina pode ter efeitos colaterais, sendo o sangramento gastrointestinal o mais sério deles.


O mecanismo pelo qual a aspirina protege contra o câncer colorretal foi o foco deste estudo.

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Pesquisas anteriores sugeriram que os efeitos anticancerígenos da aspirina estavam ligados à sua capacidade de inibir a enzima cicloxigenase (COX).

Neste estudo mais recente, utilizando células cultivadas e modelos de camundongos, descobriu-se que a aspirina estimula a produção de duas moléculas de microRNA que inibem tumores, miR-34a e miR-34b/c. Adicionalmente, a aspirina ativa a enzima AMPK, que regula o metabolismo celular, influenciando o fator de transcrição NRF2 a ativar a expressão dos genes miR-34 no núcleo celular.


Os pesquisadores também observaram que a aspirina impede a ação do produto do oncogene c-MYC, que é fundamental na formação e crescimento de tumores, e que normalmente inibiria o NRF2.


Segundo o Dr. Heiko Hermeking, professor da Ludwig-Maximilians-Universität München e autor sênior do estudo, os resultados demonstram que a ativação dos genes miR-34 pela aspirina acontece independentemente da via de sinalização do p53. Isso é relevante, considerando que o gene do p53 é frequentemente inativado no câncer colorretal e em muitos outros tipos de câncer por mutações ou vírus.

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O Dr. Anton Bilchik, oncologista cirúrgico do Saint John's Cancer Institute, comentou sobre a pesquisa, destacando a importância de compreender como a aspirina pode reduzir o risco de câncer de cólon e, de forma inovadora, desacelerar a progressão da doença em pacientes já diagnosticados.


O Dr. Glenn S. Parker, do Hackensack Meridian Jersey Shore University Medical Center, também reconheceu a importância do estudo, ressaltando que há evidências crescentes de que o uso regular de aspirina em baixa dose pode ser benéfico na prevenção do câncer colorretal.


Para avançar, Dr. Parker sugere pesquisas adicionais sobre esse mecanismo molecular, enquanto o Dr. Bilchik enfatiza a necessidade de grandes ensaios clínicos em humanos para explorar o impacto da aspirina na progressão da doença e em indivíduos com alto risco de desenvolver câncer de cólon.


Ambos os especialistas ressaltam que, apesar dos benefícios, os riscos de efeitos colaterais, como sangramento gastrointestinal, não devem ser ignorados.


 
 
 

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