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A Nova Era do Tratamento das Alergias:

  • Foto do escritor: À Sua Saúde
    À Sua Saúde
  • 27 de jul.
  • 2 min de leitura
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As alergias estão se tornando cada vez mais comuns no mundo moderno. A cada primavera, mais pessoas sofrem com nariz entupido, olhos coçando e crises respiratórias. No Brasil, estudos recentes indicam que entre 6% e 8% das crianças com menos de três anos de idade apresentam algum tipo de alergia alimentar, segundo uma revisão científica publicada em 2025 na Revista Brasileira de Ciências da Saúde Integrada.


As reações alérgicas surgem quando o sistema imunológico confunde substâncias inofensivas com ameaças. Elementos como pólen, pelos de animais e certos alimentos são tratados como invasores perigosos. Isso ocorre por causa da atuação dos anticorpos IgE, um tipo de proteína do sistema imune especializada em identificar ameaças externas, que passam a reagir exageradamente aos alérgenos. Esse alarme falso libera histamina, substância responsável pelos sintomas clássicos como espirros, urticária, falta de ar e, em casos extremos, o choque anafilático.

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Uma das estratégias mais eficazes no tratamento das alergias é a imunoterapia, também conhecida como dessensibilização. Esse método consiste em expor o organismo, de forma controlada e progressiva, a pequenas quantidades do alérgeno, com o objetivo de reduzir a sensibilidade do sistema imunológico ao longo do tempo. A imunoterapia atua na causa da alergia e pode diminuir ou até eliminar a reação do organismo a certos alérgenos. Para alergias respiratórias, como as provocadas por ácaros e pólen, as versões em gotas, comprimidos ou injeções já são amplamente utilizadas e demonstram ótimos resultados em grande parte dos casos.


Quando se trata de alergias alimentares, os avanços foram mais lentos, principalmente pelo risco maior de reações severas. Mas isso também está mudando. Em 2020, a FDA (agência americana de saúde) aprovou o primeiro tratamento oral para crianças com alergia a amendoim. A terapia, feita com um pó contendo proteína do amendoim, mostrou reduzir a sensibilidade, embora ainda exija supervisão médica rigorosa e manutenção de uma dieta restrita.

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Novas soluções mais seguras estão em desenvolvimento. Pesquisadores estão investindo em terapias com fragmentos menores das proteínas alergênicas – os peptídeos – que parecem aumentar a tolerância sem provocar reações fortes. Outra frente promissora é o uso de anticorpos monoclonais como o omalizumabe, que bloqueia os IgE. Em um estudo recente, a maioria dos pacientes tratados com essa medicação conseguiu ingerir doses dos alimentos alergênicos sem apresentar reações graves.


Esses avanços são especialmente animadores para adultos alérgicos. Como o sistema imunológico se torna menos adaptável com a idade, o tratamento em adultos sempre foi um desafio. Porém, pesquisas recentes começam a incluir essa faixa etária, com resultados promissores. Um ensaio clínico realizado em 2024 mostrou que adultos submetidos à imunoterapia oral conseguiram tolerar até quatro amendoins por dia após meses de acompanhamento cuidadoso. O futuro do combate às alergias já começou – e ele é muito mais esperançoso.

 
 
 

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