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Como o ciclo circadiano pode influenciar no risco de esclerose múltipla:

  • Foto do escritor: À Sua Saúde
    À Sua Saúde
  • 6 de jul.
  • 2 min de leitura
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Nos últimos anos, a ciência tem revelado uma ligação intrigante entre a desregulação do relógio biológico e o surgimento de doenças neurológicas. Um dos alvos dessa investigação é a esclerose múltipla, condição autoimune que afeta a mielina do sistema nervoso central. Pesquisadores vêm observando que alterações no ciclo de sono, especialmente provocadas por exposição à luz durante a noite ou trabalho em turnos, podem contribuir para o aparecimento da doença.


Estudos em laboratório demonstraram que a interrupção do ritmo circadiano compromete diretamente a capacidade do cérebro de produzir e restaurar a mielina, prejudicando a proteção dos neurônios. Esse efeito é ainda mais relevante em indivíduos com predisposição genética ou histórico de inflamações crônicas, tornando o ambiente cerebral mais vulnerável a danos.

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Além disso, foi constatado que a perda de função de genes relacionados ao ritmo biológico em células do cérebro afeta o funcionamento dos oligodendrócitos, responsáveis por formar a bainha de mielina. Isso não apenas interfere na comunicação entre os neurônios, como também facilita o processo inflamatório, aumentando a chance de surgimento da esclerose múltipla.


Entre os pacientes já diagnosticados, é comum a presença de distúrbios do sono, fadiga persistente e alterações no padrão de vigília, o que sugere que o impacto circadiano também pode agravar os sintomas ao longo da progressão da doença. Essa relação levanta hipóteses importantes para a abordagem clínica e preventiva da condição.

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A exposição prolongada à luz artificial, especialmente durante a noite, reduz os níveis de melatonina, hormônio com ação anti-inflamatória e neuroprotetora. A deficiência desse hormônio pode desencadear uma série de eventos imunológicos que afetam o sistema nervoso central, tornando ainda mais evidente a importância do sono regular.


Diante dessas evidências, considerar o ciclo circadiano como parte do cuidado integral em saúde neurológica se mostra essencial. Estratégias que promovam uma rotina de sono estável, com redução da luz artificial à noite e horários consistentes para dormir, podem não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também atuar como fator de proteção frente a doenças autoimunes como a esclerose múltipla.

 
 
 

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