Espessura do Tumor Influencia na Sobrevivência ao Melanoma:
- À Sua Saúde

- 16 de dez. de 2024
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Pesquisadores da Universidade de Sydney descobriram que pacientes com melanomas primários considerados "finos" (entre 0,8 e 1,0 mm de espessura) apresentam um risco maior de mortalidade relacionada ao melanoma em comparação com aqueles com lesões ainda mais finas. Esse estudo lança luz sobre a importância de avaliar detalhes aparentemente sutis nos tumores para prever desfechos clínicos.
No contexto global, melanomas finos – definidos como lesões de até 1 mm de espessura – representam cerca de 72% de todos os casos. Na Austrália, país com a maior incidência de melanoma no mundo, décadas de registros detalhados permitem um acompanhamento rigoroso dessas lesões. Esses dados oferecem uma base única para entender a evolução de melanomas finos ao longo do tempo.
A análise, publicada na revista JAMA Dermatology, incluiu dados de registros australianos entre 1982 e 2014. Foram avaliados 144.447 pacientes diagnosticados com melanomas invasivos de até 1 mm, considerando fatores como idade, sexo, localização do tumor e causas específicas de morte. Essa abordagem robusta permitiu examinar variações na mortalidade relacionadas à espessura do tumor.

Os resultados mostraram diferenças marcantes na sobrevivência a longo prazo. Em um período de 20 anos, a taxa geral de sobrevivência específica ao melanoma foi de 91,9%. No entanto, pacientes com lesões menores que 0,8 mm tiveram uma taxa de sobrevivência de 94,2%, enquanto aqueles com lesões entre 0,8 e 1,0 mm apresentaram uma taxa reduzida para 87,8%.
A espessura de 0,8 mm foi confirmada como um divisor importante entre pacientes de baixo e alto risco, validando sua inclusão nos critérios de estadiamento do câncer da American Joint Committee on Cancer. Além disso, os dados enfatizam a necessidade de acompanhamento a longo prazo, já que mortes relacionadas ao melanoma continuam a ocorrer mesmo após duas décadas do diagnóstico.
Essas descobertas reforçam a importância de diagnósticos precoces e monitoramento constante de melanomas finos. Com base nesses insights, médicos podem melhorar estratégias de vigilância, garantindo tratamentos mais direcionados e um cuidado de maior qualidade para pacientes em risco.






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