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Neurônios Intestinais: Aliados Invisíveis na Luta contra Inflamações.

  • Foto do escritor: À Sua Saúde
    À Sua Saúde
  • 17 de ago.
  • 2 min de leitura

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Em uma descoberta promissora para a gastroenterologia e o tratamento de doenças inflamatórias do intestino, cientistas da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, revelam que os neurônios do sistema nervoso entérico — o chamado “segundo cérebro” — produzem moléculas que modulam a resposta imune local. Esse papel vai além das funções digestivas conhecidas, abrindo um novo campo de investigação terapêutica.


O sistema nervoso entérico é composto por centenas de milhões de neurônios que controlam aspectos fundamentais do funcionamento intestinal, como o trânsito alimentar, a absorção de nutrientes e a circulação sanguínea. Ainda assim, seu potencial regulador da inflamação intestinal até então era pouco compreendido e negligenciado.


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A pesquisa publicada em agosto de 2025 destacou a importância de células imunes chamadas ILC2, localizadas na mucosa intestinal. Essas células são conhecidas por secretar um fator de crescimento reparador chamado amphiregulin (termo em inglês para uma proteína do tipo EGF, envolvida na regeneração tecidual e na resposta inflamatória), e por serem receptivas a sinais enviados pelos neurônios intestinais, influenciando tanto o curso quanto a resolução da inflamação.


Os pesquisadores demonstraram que a eficácia protetora das ILC2 depende de uma molécula chamada adrenomedulina 2 (ADM2), produzida pelos neurônios do intestino. Quando a ADM2 foi administrada em modelos pré-clínicos de doença inflamatória intestinal, observou-se aumento no número dessas células e melhora significativa da condição.


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Por outro lado, a ausência de sinalização de ADM2 — ou a falha na produção dessa molécula — resultou em agravamento da inflamação, evidenciando sua função crucial na modulação da resposta imunológica e na manutenção da integridade do tecido intestinal.


Esses achados inauguram uma nova perspectiva terapêutica: atrair ou estimular os neurônios entéricos para promover a liberação de moléculas como ADM2 pode ser uma rota eficaz no tratamento de doenças como a colite ulcerativa e outras condições inflamatórias intestinais. O estudo reforça a crescente compreensão de que a interação entre sistema nervoso e sistema imune pode ser explorada para desenvolver intervenções mais precisas e eficazes.

 
 
 

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