O joelho biônico que integra corpo e mente:
- À Sua Saúde

- 20 de jul.
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Pesquisadores do MIT desenvolveram uma prótese de joelho com integração direta aos ossos e músculos, superando as limitações das próteses tradicionais baseadas em encaixe. Esse novo modelo oferece muito mais estabilidade e controle aos usuários com amputações acima do joelho.
A base da inovação está em um procedimento cirúrgico que introduz uma haste de titânio no fêmur residual, conectando estruturalmente o implante ao esqueleto e eliminando o uso de caberças desconfortáveis. Isso reduz complicações como infecções na pele e aumenta a capacidade de carga.

Além da fixação óssea, a prótese é equipada com eletrodos e fios que capturam sinais elétricos de músculos remanescentes. Esse sistema — denominado prótese mecanoneural osseointegrada (PMO) — transmite dados para um controlador robótico que ajusta o movimento conforme a intenção do usuário.
Em testes iniciais, dois pacientes usaram a PMO, enquanto outros realizaram testes com próteses convencionais. Os primeiros relataram avanços notáveis na velocidade de marcha, na precisão ao dobrar o joelho e na habilidade de subir escadas e ultrapassar obstáculos.

Um aspecto particularmente relevante foi o feedback sensorial: os usuários da PMO afirmam que a prótese “parece parte do próprio corpo”, diferentemente dos dispositivos tradicionais, que sempre são percebidos como ferramentas externas.
Para que chegue à prática clínica, a tecnologia ainda precisa passar por ensaios clínicos de larga escala e aprovação da FDA — um processo que pode levar cerca de cinco anos. Ainda assim, este avanço sinaliza um futuro onde a jornada de reabilitação será mais natural e integrada à fisiologia humana.






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