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Protegendo as células cardíacas da quimioterapia:

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    À Sua Saúde
  • 23 de jul. de 2023
  • 2 min de leitura

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Pesquisadores da Universidade de Illinois, Chicago, identificaram um processo pelo qual enzimas podem ajudar a prevenir danos cardíacos em pacientes em quimioterapia.


As enzimas são normalmente encontradas nas mitocôndrias de uma célula, a usina que produz energia. Mas quando as células cardíacas são submetidas a estresse devido a certos tipos de medicamentos quimioterápicos, as enzimas se movem para o núcleo da célula, onde são capazes de manter as células vivas.


O artigo foi publicado na revista médica Nature Communications.


"À medida que a quimioterapia se tornou cada vez mais eficaz, temos cada vez mais sobreviventes de câncer. Mas a parte trágica é que muitos desses sobreviventes agora têm problemas com insuficiência cardíaca", explicou o co-autor sênior Sang Ging Ong, professor assistente de farmacologia e medicina.


Isso levou ao surgimento de um campo chamado cardio-oncologia.


A maioria das pesquisas anteriores no campo se concentrou nos mecanismos pelos quais os remédios quimioterápicos danificam as mitocôndrias das células cardíacas.


Porém, a equipe de pesquisa da Universidade Illinois estava interessada em investigar um ângulo diferente:


Por que o coração de alguns pacientes escapa dos danos?


Existe algo em particular sobre suas células que as está protegendo?

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Primeiro, os pesquisadores descobriram que, quando as células cardíacas eram estressadas pela quimioterapia, as enzimas mitocondriais se moviam para o núcleo da célula - um fenômeno incomum. Mas eles não sabiam se esse movimento era a causa do dano da célula ou o meio de sua proteção, explicou o Dr. Jalees Rehman, co-autor sênior.


Para descobrir, os pesquisadores geraram versões das enzimas que se moveriam especificamente para o núcleo e contornariam as mitocôndrias. Eles descobriram que essa realocação fortalecia as células, mantendo-as vivas. Por fim, eles demonstraram que esse processo funcionava tanto em células cardíacas geradas a partir de células-tronco humanas quanto em camundongos expostos à quimioterapia.


"Este parece ser um novo mecanismo pelo qual as células cardíacas podem se defender contra os danos causados pela quimioterapia", disse Rehman, que também é membro do Centro de Câncer da Universidade de Illinois.


A descoberta sugere novas possibilidades clínicas.


Os médicos poderiam testar pacientes individuais para ver se as células cardíacas geradas a partir de células-tronco personalizadas se protegeriam adequadamente da quimioterapia, movendo suas enzimas de suas mitocôndrias para o núcleo da célula.


Os médicos também poderiam tirar sangue do paciente, produzir células-tronco a partir das células sanguíneas e então usar essas células-tronco personalizadas para gerar células cardíacas com a mesma composição genética das células cardíacas do paciente.

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"Avaliar a lesão causada pela quimioterapia e o movimento da enzima da mitocôndria para o núcleo dessas células cardíacas em um laboratório ajudaria a determinar qual seria a provável resposta do paciente à quimioterapia", disse Rehman.


Em pacientes com proteção inadequada, pode-se ampliar a proteção aumentando o movimento da enzima e a proteção das células cardíacas.


Os pesquisadores estão ansiosos em continuar seus estudos para verificar se esse método pode ajudar a prevenir danos cardíacos causados por outras condições, como pressão alta e ataques cardíacos, e se funcionaria em outras células, como as dos vasos sanguíneos.


A pesquisa foi financiada por doações dos Institutos Nacionais de Saúde e da American Heart Association.



Fonte: University of Illinois/ScienceDaily.





 
 
 

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