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Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em 20%:

  • Foto do escritor: À Sua Saúde
    À Sua Saúde
  • 12 de abr.
  • 2 min de leitura

Uma descoberta recente da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou que a vacina contra o herpes zóster pode ter um efeito protetor contra a demência. Publicado na revista Nature, o estudo analisou registros de saúde de 280 mil pessoas e concluiu que quem recebeu a vacina teve 20% menos chance de desenvolver demência nos sete anos seguintes à aplicação, em comparação com quem não foi vacinado.

O herpes zóster, também conhecido como cobreiro, é causado pela reativação do vírus da catapora (varicela-zóster), que permanece “adormecido” no sistema nervoso e pode se manifestar com o envelhecimento ou queda da imunidade. Além de provocar erupções cutâneas dolorosas, o vírus é capaz de afetar o tecido neurológico, aumentando o risco de doenças cognitivas como a demência.

Para garantir resultados mais confiáveis, os pesquisadores analisaram uma situação única que ocorreu no País de Gales: em 2013, apenas pessoas que tinham completado 79 anos até uma determinada data foram elegíveis para a vacinação com a antiga vacina Zostavax, enquanto outras, com idades próximas, não puderam ser vacinadas. Esse corte geracional permitiu comparar dois grupos praticamente idênticos, com apenas algumas semanas de diferença de idade, mas com exposições diferentes à vacina.

Durante o acompanhamento, cerca de 12% dos participantes desenvolveram demência, mas a taxa foi significativamente menor entre os vacinados. Além disso, a vacina reduziu em 37% a incidência do próprio herpes zóster. A nova vacina, chamada Shingrix, já está aprovada em diversos países e demonstrou ainda mais eficácia, sendo recomendada na França desde março de 2024 para pessoas com mais de 65 anos.

Embora os mecanismos exatos ainda não sejam totalmente compreendidos, os cientistas acreditam que a vacina possa proteger o cérebro tanto ao evitar a reativação do vírus quanto ao fortalecer o sistema imunológico como um todo. Para o professor Pierre Tattevin, especialista em doenças infecciosas na França, trata-se de uma descoberta promissora que justifica a vacinação rotineira contra o herpes-zóster em idosos.

Considerando o aumento global dos casos de demência, inclusive da doença de Alzheimer, autoridades de saúde podem precisar repensar suas estratégias de vacinação. Como sugere o professor Anupam Jena, da Harvard Medical School, a imunização contra o herpes-zóster pode ser uma aliada importante na prevenção de distúrbios neurológicos na população idosa.

 
 
 

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