Velocidade Máxima da Glicose no Sangue Pode Ajudar a Identificar Diabetes Mais Cedo: 🚀
- À Sua Saúde

- 22 de jun.
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Mudanças bruscas na glicose do sangue não apenas causam sintomas imediatos como tontura, confusão mental e até desmaios, mas também podem indicar que algo mais sério está acontecendo. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Médica de Chongqing, na China, desenvolveram um novo índice baseado em dados de monitores contínuos de glicose (MCG): o maxSpeed. Essa medida avalia a velocidade máxima com que os níveis de glicose sobem ou descem em um curto espaço de tempo — algo que nosso corpo pode ter dificuldade de tolerar.
Em um estudo clínico recente, os cientistas usaram o maxSpeed junto com outros índices de variação glicêmica para investigar padrões em diferentes condições: pessoas sem diabetes, com pré-diabetes, e com diabetes tipo 1 ou tipo 2. A grande descoberta foi que a velocidade máxima de mudança na glicose consegue diferenciar com precisão quem tem pré-diabetes de quem já evoluiu para diabetes. Isso abre espaço para diagnósticos mais precoces e intervenções rápidas.

Além do maxSpeed, outras medidas também mostraram capacidade de diferenciar os grupos. O meanSpeed (velocidade média de mudança da glicose), a variabilidade glicêmica percentual (VGP) e o MAG (amplitude média das excursões glicêmicas) ajudaram a distinguir entre indivíduos saudáveis e pessoas com diabetes tipo 1 ou 2. Já o índice MODD e o CONGA, que avaliam variações diárias, conseguiram diferenciar até mesmo entre pré-diabetes e diabetes tipo 1.
Outra descoberta importante foi que o desvio padrão (DP) da glicose e a medida MAGE também são úteis para identificar diferenças entre diabetes tipo 1 e pré-diabetes. O coeficiente de variação (CV), por sua vez, foi o único índice capaz de diferenciar especificamente entre diabetes tipo 1 e tipo 2, além de diferenciá-los de pessoas sem a doença.

Esses dados mostram que a análise de como a glicose varia no tempo, e não apenas seus valores médios, pode trazer informações preciosas sobre o estado metabólico da pessoa. Isso é especialmente importante para pacientes com risco aumentado de desenvolver diabetes, pois permite flagrar alterações antes que a doença esteja totalmente estabelecida.
O maxSpeed, por exemplo, foca justamente na mudança rápida em curto prazo — algo que pode ser biologicamente estressante para o organismo. Incorporar essa nova ferramenta aos exames de rotina pode representar um avanço significativo na triagem, prevenção e acompanhamento do diabetes, ajudando profissionais de saúde a agir antes que complicações apareçam.






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